Introdução
Soluções
são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias.
Diversas
soluções fazem parte de nossa vida: o soro fisiológico, o ouro 18 quilates, o
ar atmosférico (isento de partículas de poeira), os refrigerantes, etc.
Chama-se
solvente o componente de uma solução que é encontrado em maior quantidade. Já o
componente que se encontra em menor quantidade é denominado soluto.
CARACTERÍSTICAS
DAS SOLUÇÕES
• Quanto ao
tamanho médio das partículas do soluto ⇒ até 1 nm*.
• Quanto à
natureza das partículas ⇒ íons ou moléculas.
• Quanto à
sedimentação ⇒ não sedimentam (até em ultracentrífugas).
• Quanto à
separação por filtração ⇒ não há a separação do soluto e do
solvente por esse processo mecânico (em qualquer tipo de filtro).
CLASSIFICAÇÃO
Quanto
à natureza do soluto
Soluções
iônicas (eletrolíticas)
O
soluto é formado por íons ou por uma mistura de íons com moléculas.
Esse
tipo de solução é obtido por dissolução de ácidos, bases ou sais em água, ou
seja, substâncias iônicas ou moleculares que sofrem ionização**.
A
característica principal de uma solução iônica é a propriedade de condução de
corrente elétrica. Um bom exemplo é a solução líquida encontrada em baterias de
automóveis, em que existe ácido sulfúrico (H2SO4)
dissolvido em água.
Soluções
moleculares (não eletrolíticas)
Soluções
em que o soluto é constituído somente de moléculas, que, após a dissolução, não
sofrem o processo de ionização.
Como
essas soluções não possuem íons disseminados no solvente, elas não podem
conduzir corrente elétrica. Um bom exemplo desse tipo de solução é a mistura de
água e açúcar (sacarose).
Quanto
aos estados de agregação de seus componentes
Como
essas soluções não possuem íons disseminados no solvente, elas não podem
conduzir corrente elétrica. Um bom exemplo desse tipo de solução é a mistura de
água e açúcar (sacarose).
Quanto
aos estados de agregação de seus componentes
Quanto
à quantidade de soluto em relação ao solvente
No
nosso dia a dia, usamos expressões como “café fraco” e “café forte”. Quando as
utilizamos, estamos dizendo que, no primeiro caso, a quantidade de soluto (pó
dissolvido) é pequena em relação à quantidade de solvente. Entretanto, no
segundo caso, a quantidade de soluto é elevada em relação ao solvente.
Classificamos
o “café fraco” como sendo uma solução diluída em comparação ao “café forte”,
solução concentrada.
Solução diluída: Solução em que a
quantidade de soluto é pequena quando comparada com a quantidade de solvente.
Solução concentrada: Solução em que a
quantidade de soluto é elevada quando comparada com a quantidade de solvente.
COEFICIENTE
DE SOLUBILIDADE
As
classificações diluída e concentrada não são científicas, porque o fato de uma
pessoa considerar um café “forte” não impede que outra o considere “fraco” e
vice-versa.
Dessa
forma, foi necessário criar um conceito científico claro e muito bem definido
para expressar a relação entre as quantidades de soluto e solvente. O conceito
que expressa bem esse tipo de relação soluto / solvente é o coeficiente de
solubilidade.
Coeficiente de solubilidade (C.S.) ⇒ É a quantidade máxima de soluto que uma quantidade
padrão de solvente consegue dissolver a uma dada temperatura
Exemplo: 39,8 g de
NaCl/100 g de H2O (100ºC)
Isso
significa que, na temperatura de 100ºC, 100g de água conseguem dissolver, no
máximo, 39,8g de NaCl.
O
coeficiente de solubilidade depende pouco da pressão em solução líquida, porém
a sua dependência da temperatura, para qualquer tipo de solução, é tão grande
que podemos expressá-la por um gráfico denominado curva de solubilidade.
Quando
o aumento de temperatura aumenta o coeficiente de solubilidade, dizemos que a
dissolução do soluto é endotérmica. Quando o aumento da temperatura diminui o
coeficiente de solubilidade, a dissolução é exotérmica.
A
partir do valor do coeficiente de solubilidade e da concentração da solução,
podemos classificar as soluções em insaturadas, saturadas ou supersaturadas,
dependendo da quantidade de soluto dissolvido no solvente.
Quando
se trata de sais hidratados, a curva de solubilidade apresenta pontos de
inflexão que representam uma mudança na estrutura do soluto. Essa mudança
corresponde à eliminação da água de hidratação que interagia com os íons do
soluto.
O
CaCl2.6H2O possui, em sua rede cristalina, 6mol de moléculas
de água de hidratação para cada mol de CaCl2. O aquecimento de uma
solução aquosa de CaCl2.6H2O gerará dois pontos de
inflexão que correspondem à eliminação de moléculas de água de hidratação.
Solução
insaturada (não saturada)
Insaturada é toda solução
que possui uma quantidade de soluto dissolvido inferior ao coeficiente de
solubilidade.
Exemplo: Solução
aquosa contendo 25,0g de NaCl dissolvidos em 100g de água a 20ºC. A análise da
curva de solubilidade do NaCl admite a dissolução de 36,0g de NaCl a 20ºC, ou
seja, 11,0g a mais do que a massa dissolvida.
Solução saturada
Saturada
é toda solução que possui uma quantidade de soluto dissolvido exatamente igual
ao coeficiente de solubilidade. Exemplo: Solução aquosa contendo 37,8g de NaCl
dissolvidos em 100g de água a 70ºC. A análise da curva de solubilidade do NaCl
não admite a dissolução de qualquer quantidade adicional de soluto a 70ºC.
Solução supersaturada
Supersaturada
é toda solução metaestável que possui uma quantidade de soluto dissolvido
superior ao coeficiente de solubilidade, porém a quantidade adicional ainda
continua dissolvida.
Exemplo: Solução
aquosa contendo 39,0 g de NaCl dissolvidos em 100 g de água a 50 ºC. Como obter
uma solução supersaturada:
Solução
saturada com corpo de fundo
Pode-se
também agitar ou adicionar um único cristal ou um gérmen de cristalização à
solução supersaturada e ela tornar-se-á uma solução saturada com corpo de
fundo. O excedente, que antes se encontrava dissolvido, precipita, indo para o
fundo do recipiente.
Exemplo: Solução
aquosa contendo 39,0 g de NaCl dissolvidos em 100 g de água a 50 ºC. Nesse
sistema, 2 g de NaCl encontram-se em excesso e formam o corpo de fundo.
A
SOLUBILIDADE DOS GASES NOS LÍQUIDOS
A
solubilidade de um gás diminui à medida que a solução é aquecida e / ou a
pressão sobre ela diminui. Isso explica por que ocorre o derramamento de
refrigerante quando retiramos a tampa da garrafa. Neste exato instante, a
pressão diminui e o gás se desprende do líquido.
Portanto,
MECANISMO
DE DISSOLUÇÃO
Quando
um soluto é dissolvido em um solvente, há o aumento do grau de desordem do
sistema (aumento da entropia), o que leva a uma diminuição da energia livre do
sistema e a um aumento de sua estabilidade. Dessa forma, as dissoluções de um
soluto em um solvente são, termodinamicamente, favoráveis devido ao aumento da
entropia do sistema.
Contudo,
nem toda dissolução é espontânea. Para que uma dissolução ocorra, algumas
interações solvente-solvente e soluto-soluto devem ser substituídas por
interações soluto-solvente. Se essas novas interações forem mais intensas (mais
estáveis) do que as interações originais, a dissolução é espontânea. Nessas
dissoluções, há uma redução de energia do sistema, pois o mesmo fica mais
estável. A energia excedente é liberada para o meio na forma de calor e a
dissolução é classificada como exotérmica.
As
dissoluções em que as interações soluto-solvente são muito menos intensas
(menos estáveis) do que as interações soluto-soluto e solvente-solvente são não
espontâneas e dizemos que o soluto é insolúvel no solvente. Entretanto, alguns
solutos são solúveis em um determinado solvente, mesmo possuindo as interações
soluto-solvente menos intensas (menos estáveis) do que as interações
soluto-soluto e solvente-solvente. Nessas dissoluções, há um aumento da energia
potencial do sistema, que é compensado pela redução de energia devido ao
aumento da entropia. Essas dissoluções absorvem uma pequena quantidade de calor
do meio devido ao aumento da energia potencial e, consequentemente, diminuição
da energia cinética do sistema, sendo levemente endotérmicas.
NaNO2(s) +
H2O(l) → NaNO2(aq) ΔH > 0
Regra
de solubilidade
Existe
uma regra para prever se haverá a dissolução de um soluto em um determinado
solvente. Essa regra é conhecida como Regra dos Semelhantes.
Segundo essa
regra, se um soluto
• é polar ou
iônico, ele é solúvel em um solvente polar como a água;
• é apolar, ele é
solúvel em um solvente apolar, como o tetracloreto de carbono (CCl4).
Contudo, essa regra possui muitas exceções:
• alguns sais são
insolúveis em água, como o PbSO4;
• os gases
atmosféricos apolares CO2, N2 e O2 são
solúveis em água;
• alcoóis de
cadeia carbônica longa (com mais de 10 átomos de carbono) são compostos polares
devido à presença do grupo hidroxila, mas são insolúveis em água.
Portanto,
essa regra deve ser utilizada com muito cuidado.
_________________
* 1 nm ⇒
nanômetro = 10–9 m
** Ionização ⇒
processo em que há a quebra de uma ou mais ligações de uma molécula, originando
íons
A
concentração de uma solução é a medida proporcional à quantidade de soluto
presente na mesma. Essa proporção de soluto pode ser determinada em relação à
quantidade da solução. As principais formas de se exprimirem as concentrações
de uma solução são:
• Concentração em gramas por litro
(Cg.L–1);
• Concentração em porcentagem em
massa (Cm/m);
• Concentração em mol por litro (Cmol.L–1);
• Concentração em partes por milhão
(Cp.p.m.).
OBSERVAÇÃO
• As unidades de concentração
definidas em função do volume dependem da temperatura.
DENSIDADE
A
densidade de uma solução é a relação entre a massa da solução (m) e o volume
(V) ocupado pela mesma. A massa e o volume da solução são obtidos pela soma das
massas e dos volumes, respectivamente, do soluto e do solvente.
d = m/v
A
massa da solução pode ser medida em gramas (g) ou quilogramas (kg), e o volume,
em mililitros (mL), centímetros cúbicos (cm3), litros (L), entre
outras unidades. Sendo assim, a unidade de medida da densidade de uma solução
pode assumir qualquer unidade de medida de massa e de volume. As mais comuns
são g.mL–1, g.cm–3, g.L–1 e kg.L–1.
Exemplo:
O rótulo do frasco
de uma solução aquosa de ácido nítrico, a ser utilizada para a fabricação do
explosivo nitroglicerina, que foi utilizado na implosão do edifício Palace II,
na Barra da Tijuca, em março de 1998, apresenta r = 1,20g .cm–3.
Significado físico: A massa de 1,0cm3 de solução corresponde a 1,20
gramas.
UNIDADES
DE CONCENTRAÇÃO
Concentração em
massa/volume*
É a relação entre
a massa de soluto, em gramas (m1), e o volume (V) da solução, em litros.
Cg/L =
m(g)/ V(L)
Exemplo:
O rótulo do frasco
de Guaraná Antarctica diet apresenta a concentração, em gramas por litro, Cg.L–1
= 0,358 g.L–1 do edulcorante artificial sacarina sódica.
Significado
físico: Em cada 1,0L do refrigerante, a massa de sacarina sódica dissolvida é
de 0,358g.
Concentração em
massa/massa**
É
a relação entre a massa do soluto (m1) e a massa da solução (m), em
gramas.
A
massa da solução (m) é obtida pela soma da massa do soluto (m1) com
a massa do solvente (m2).
m = m1
+ m2
Essa
unidade de concentração é adimensional. Toda grandeza adimensional, em Química,
expressa uma porcentagem; nesse caso, a porcentagem do soluto na massa da
solução.
Cm/m% =
Cm/m . 100
Exemplo: A água do
mar*** possui 3,5% de salinidade, ou seja, Cm/m = 0,035.
Significado
físico: Em uma amostra de 100 g da água do mar, 3,5 g são de sal (NaCl).
Concentração
em partes por milhão (p.p.m.)
Quando
uma solução é muito diluída, é mais conveniente determinar a sua concentração
em p.p.m.
Cp.p.m.
= massa do soluto (mg)/ massa da solução (Kg)
A
concentração em p.p.m. também pode ser calculada utilizando-se os dados
relativos aos volumes do soluto e da solução.
Cp.p.m.
= volume do soluto (cm3)/ volume da solução (m3)
Exemplo:
A concentração de CO2 na atmosfera
vem aumentando e, atualmente, atinge recordes de 335p.p.m., ou seja, 0,0335% de
todo o ar atmosférico. Significado físico: Em cada 1m3 de ar atmosférico filtrado, 335mL são de gás carbônico
(CO2).
Concentração
em quantidade de matéria/volume
É
a relação entre a quantidade de matéria do soluto (n1), em mols, e o
volume da solução (V), em litros:
Cmol.L–1
= n1/V
A quantidade de
matéria do soluto pode ser calculada pela expressão:
n1 = massa
do soluto (g)/ massa molar do soluto (g.mol–1)
Assim,
Cmol.L–1
= m1/ M1 . V
Exemplo:
Os agricultores
utilizam hormônios vegetais sintéticos, especialmente auxinas, para conseguir
vários resultados na produção de pepinos e tomates. Quando a concentração das
auxinas é superior a 0,3 mol.L–1, o pepino e o tomate não
desenvolvem sementes. Significado físico: Em cada 1 L de solução, estão
dissolvidos 0,3 mol de auxinas.
RELAÇÕES
ENTRE AS UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO
Algebricamente,
pode-se manipular as equações das unidades de concentração e obter relações
diretas e simples entre elas.
OBSERVAÇÃO
• Essa equação só
é válida para densidades expressas em g.L–1. Quando a densidade é
expressa em g.mL–1 ou g.cm–3, a equação anterior é
multiplicada pelo fator 1000, para se obter a concentração em g.L–1.
Assim,
Cg.L–1
= 1 000 . d . Cm/m
Relação
entre Cmol.L–1 e Cg.L–1
Como,
Cmol.L–1
= m1/ M1 . V
isolando-se a
massa do soluto, tem-se:
m1 = Cmol.L–1
. M1 . V
___________
* Antigamente,
essa unidade de concentração era denominada concentração comum.
** Antigamente,
essa unidade de concentração era denominada concentração título em massa.
*** Deve-se supor,
para essa análise, que toda a massa de sal encontrada no mar seja de NaCl e que
a água do mar é um sistema homogêneo.
DILUIÇÃO
DE SOLUÇÕES
Diluir
uma solução consiste em diminuir a sua concentração, por retirada de soluto ou
por adição de solvente puro. Experimentalmente, adicionar solvente puro é o
processo mais utilizado. Assim, a concentração da solução após a diluição
(solução final) será sempre menor que a concentração da solução antes da
diluição (solução inicial) porque o aumento da massa de solvente leva ao
aumento do volume da solução, permanecendo constante a quantidade de soluto.
Equações
de diluição
Em
um processo de diluição por adição de solvente à solução, a quantidade de
soluto (massa, quantidade de matéria, etc.) é sempre constante; logo,
m1 inicial =
m1 final
Como
Cg.L–1
= m1 ∴
m1 = Cg.L–1 . V
V
portanto,
Cg.L–1 i
. Vi = Cg.L–1 f . V
e, ainda,
n1 inicial
= n1 final
como,
Cmol.L–1
= n1 ∴
n1 = Cmol. L–1 . V
V
Portanto,
Cmol.L–1
i . Vi = Cgmol.L–1 f . Vf
Lembrando que,
Vf = Vi
+ Vadicionado
Com
base no raciocínio apresentado, pode-se deduzir todas as equações para a diluição,
utilizando-se qualquer tipo de unidade de concentração.
MISTURA
DE SOLUÇÕES DE MESMO SOLUTO E MESMO SOLVENTE
A
adição pura e simples de uma solução a outra é denominada mistura de soluções.
Quando
se misturam duas soluções, contendo o mesmo soluto e o mesmo solvente, na
solução final, a quantidade do soluto será igual à soma destas quantidades do
soluto das soluções misturadas, enquanto o volume final resulta da soma dos
volumes dessas soluções.
Cg.L–1
f = valor entre Cg.L–1 A e Cg.L–1
B
Cmol.L–1
f = valor entre Cmol.L–1 A e Cmol.L–1
B
Equações
de uma mistura de soluções
Ao
se misturarem duas soluções, a concentração da solução final é dada por uma
média ponderada das concentrações das soluções originais.
Significado
físico: A concentração da solução final é um valor intermediário à concentração
das soluções originais.
Em
uma mistura de soluções, as massas e as quantidades de matéria dos solutos
somam-se, logo,
OBSERVAÇÃO
• Para essas
equações, os volumes devem estar, obrigatoriamente, na mesma unidade.
MISTURA
DE SOLUÇÕES DE SOLUTOS DIFERENTES
Quando se misturam
duas soluções com solutos diferentes, duas situações podem ocorrer. Esses
solutos podem ou não reagir entre si.
Sem
reação química
Com
reação química
Titulação
A
titulação é um procedimento que visa determinar a concentração de uma solução,
fazendo-a reagir com outra solução de concentração conhecida. Dessa forma, a
titulação é uma aplicação importante de misturas de soluções cujos solutos
reagem entre si.
Classificação das
titulações
As titulações
ácido-base dividem-se em:
A. Acidimetria:
Determinação da concentração de uma solução ácida.
B. Alcalimetria:
Determinação da concentração de uma solução básica.
Quando
se deseja descobrir a porcentagem de pureza de uma substância em uma mistura,
também se realizam titulações.
Realização
de uma titulação
A
solução ácida ou básica, cuja concentração deve ser definida, é denominada
solução-problema ou titulada. Ela é colocada em um erlenmeyer, no qual é
adicionada uma substância indicadora*, fenolftaleína, por exemplo.
Em uma
bureta, é colocada a solução de concentração conhecida, solução-padrão ou
titulante.
Deixa-se
escorrer, cuidadosamente, a solução-padrão, observando-se o término da
titulação pela mudança de coloração da solução-problema.
O
ponto em que há essa mudança de coloração é denominado ponto de viragem. Quando
se utiliza fenolftaleína como indicador, e a solução-problema é básica, esse
ponto é, exatamente, o ponto em que a neutralização foi completada (o meio
encontra-se neutro). Entretanto, se a solução-problema for ácida, para se
verificar a viragem, é necessário acrescentar uma gota adicional de base, pois
a fenolftaleína é incolor em meio ácido e neutro. Na prática, esse excesso é
desprezado, pois o volume de uma gota é 0,05mL.
Princípio
da equivalência
Toda titulação
segue o princípio da equivalência: a neutralização só se completa quando o
número de hidrogênios ionizáveis é igual ao número de hidroxilas dissociáveis.
quantidade
em mol de H+ = quantidade em mol de OH–
Como
Cmol.L–1 = V n ∴ n = Cmol.L–1
. V
Quando o número de íons H+ (ionizáveis) e
OH– (dissociáveis), por fórmula, são iguais, tem-se:
nácido = nbase
Cmol.L–1 ácido . Vácido
= Cmol.L–1 base . Vbase
Quando o número de íons H+ e OH–,
por fórmula, são diferentes, tem-se, genericamente,
x . Cmol.L–1 ácido .
Vácido = y . Cmol.L–1 base . Vbase
em que
• x = número de hidrogênios
ionizáveis por fórmula.
• y = número de hidroxilas
dissociáveis por fórmula.
Análise
microscópica da titulação
O
esquema a seguir mostra a titulação alcalimétrica, em que a solução de ácido
clorídrico é a solução-padrão, enquanto que a solução de hidróxido de sódio é a
solução-problema. O ponto de viragem da fenolftaleína está na faixa de pH entre
8,3 e 10,0, e é verificado, nesse caso, quando a solução-problema se torna
incolor.
________
* Substância
indicadora: Substância química que possui cores específicas em função da
constituição do meio. Os indicadores ácido-base possuem coloração diferente
para os meios ácido, básico e, algumas vezes, neutro.
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