Módulo 2 - Aula 24 - Equilíbrio Químico

Módulo 2 Aula 29 - Cinética química





INTRODUÇÃO

  Existem milhares de reações químicas conhecidas atualmente e outras milhares que ainda estão por ser descobertas. Algumas dessas reações se processam com uma rapidez espantosa, outras, porém, são muito lentas. Com a finalidade de caracterizar a rapidez ou a lentidão com que as reações químicas ocorrem, foi introduzida a grandeza velocidade de reação. A parte da Química que estuda a velocidade de reação e os fatores que nela interferem é denominada Cinética Química.

VELOCIDADE MÉDIA 

A velocidade média de uma reação é definida como: 

V = Δ quantidade
       Δ  tempo

A quantidade poderá ser medida em
• quantidade de matéria (número de mols);
• volume; • concentração molar, mol.L–1, ou [ ].
Normalmente, utilizamos

v = ∆ [reagentes ou produtos] ou v = [ ]f – [ ]i
                        ∆t                                    ∆t

TIPOS DE VELOCIDADE MÉDIA

Vamos agora analisar as velocidades das reações em função da variação da concentração de reagente e / ou produtos.
Tomemos como exemplo a reação de síntese da amônia: N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)
N2 e H2 são reagentes e com o decorrer da reação deverão ser consumidos.
O NH3 é o produto; inicialmente, sua concentração é zero e, com o decorrer do tempo, à medida que o composto é formado, sua concentração aumentará.

OBSERVAÇÃO

• 1, 3 e 2 são os coeficientes estequiométricos que indicam as proporções (em quantidade de matéria) em que a reação se processa.

Velocidade média de consumo dos reagentes

A velocidade de consumo é definida para medir a rapidez ou a lentidão com que os reagentes são consumidos.
A velocidade de consumo é negativa, pois [ ]f < [ ]i .
Para a reação em questão, temos:
Velocidade de consumo de N2:

VCN2 = ∆ [N2]
              ∆t 

Para a reação em questão, temos:




Velocidade instantânea

A velocidade da reação em um determinado instante t é denominada velocidade instantânea. Um instante corresponde a um intervalo de tempo (∆t) que tende a zero. Podemos determinar a velocidade instantânea a partir da Lei da Ação das Massas (assunto a ser abordado em um módulo posterior) ou através da análise das curvas que representam as variações das quantidades de reagentes ou produtos em função do tempo da reação. Tais curvas podem ser obtidas experimentalmente.
A velocidade de uma reação, em um dado instante t, é dada pelo módulo da inclinação da reta tangente à curva de variação da concentração de reagentes ou de produtos em função do tempo.
O ângulo da inclinação da reta tangente a cada ponto da curva irá indicar a velocidade instantânea da reação nesse ponto. Quanto menor for o ângulo de inclinação, menor será a velocidade instantânea.
Tomemos como exemplo a reação de decomposição da água oxigenada:
     
2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g)

O gráfico a seguir representa a variação da concentração de H2O2(aq) em função do tempo. A linha cheia foi obtida a partir dos dados experimentais.
Cinética de decomposição da água oxigenada catalisada por cloreto férrico

A linha tracejada no gráfico mostra a reta tangente para o tempo de 950s. Portanto, a velocidade instantânea será igual à tangente do ângulo α, ângulo estabelecido entre a reta tracejada e o eixo do tempo.

ANÁLISE GRÁFICA DA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO QUÍMICA

Tipos de linhas que descrevem a evolução de uma reação

 As linhas que descrevem a evolução de uma reação podem ser dos seguintes tipos:

Reações com velocidades constantes 

  As reações químicas que apresentam velocidade constante são aquelas em que a inclinação da reta tangente, em um determinado instante (velocidade instantânea), é constante e as linhas que descrevem a evolução desse tipo de reação são sempre uma linha reta.

O gráfico contém informações sobre a evolução de uma mesma reação em condições experimentais diferentes. Ambas as experiências ocorrem com velocidade constante. Contudo, a velocidade de formação do produto na experiência 1 é maior, pois a inclinação da reta que descreve a sua evolução é maior do que a inclinação da reta que descreve a evolução da reação 2.
Quando a reta apresenta inclinação igual a zero, ou seja, a reta é paralela ao eixo do tempo, a reação se completou ou atingiu o estado de equilíbrio.


A velocidade de consumo do reagente no experimento 3 é a menor de todas, pois a inclinação da reta tangente à curva que descreve o consumo do reagente, em módulo, é menor do que nos demais experimentos.

Reações irreversíveis

As reações irreversíveis são aquelas em que há o consumo total de pelo menos um dos reagentes, ou seja, não há conversão de produto novamente em reagente.
No gráfico 2, temos certeza de que a única reação que é irreversível é a reação que ocorreu no experimento 1, pois, a partir do tempo t1, a quantidade de reagente é igual a zero.
A tabela 1 descreve a evolução de uma reação irreversível entre os reagentes A e B, originando o produto C, no experimento 1:
A(g) + B(g) → C(g)































    



      Observe que, a partir do tempo t4, a concentração de reagentes e produtos não mais se altera e o reagente D foi totalmente consumido, mas o reagente E ainda apresenta concentração diferente de zero, ou seja, a reação apresenta reagente E em excesso. 

Reações reversíveis 

  As reações reversíveis são reações em que não há o consumo total dos reagentes, ou seja, há conversão de parte do produto novamente em reagente. 
  O sentido da reação em que os reagentes se convertem em produtos é denominado sentido direto. 
  O sentido da reação em que os produtos se convertem em reagentes é denominado sentido inverso. 
  Uma reação reversível é representada por duas setas de sentido contrário.


































Teoria das colisões e do complexo ativado

ETAPAS DE UMA REAÇÃO 

  Reação química é o processo em que substâncias iniciais (reagentes) entram em contato. Devido à afinidade química entre elas, há a formação dos produtos (substâncias finais). 
  Podemos dividir uma reação química em 3 etapas: 
1ª Quebra de ligações devido ao contato entre as partículas reagentes; 
2ª Rearranjo atômico (mudança dos átomos de lugar); 
3ª Formação de novas ligações

Exemplo: NO2(g) + CO(g) → NO(g) + CO2(g)

TEORIA DAS COLISÕES

A Teoria das Colisões é aplicável aos gases e faz uso do modelo de esfera rígida para as partículas reagentes. Ela não prevê a existência de interações atrativas e repulsivas entre as partículas que colidem e considera apenas o movimento de translação dessas partículas.
Segundo essa teoria, para que duas partículas reajam, é necessário que ocorra uma colisão inelástica entre elas. Somente aquelas colisões frontais em que a energia cinética relativa das partículas é superior a um determinado valor crítico, denominado energia de ativação, resultam em reação química.

Colisões efetivas na Teoria das Colisões

As colisões que resultam em reação química são denominadas colisões efetivas e apresentam as seguintes características:
• A energia cinética das partículas que colidem deve ser maior ou igual à energia de ativação.
• Apresentam orientação favorável. Existem determinadas direções que favorecem a quebra e a formação de ligações químicas. Essa orientação depende do tamanho e da geometria das partículas reagentes. Tomemos como exemplo a reação hipotética:
A(g) + ABC(g) → A2(g) + BC(g) As colisões entre as partículas reagentes A(g) + ABC(g) podem ocorrer de forma efetiva (eficaz) ou não efetiva (não eficaz):


  Toda reação ocorre a partir de colisões entre as partículas reagentes, mas nem toda colisão resultará em uma reação química.

A colisão anterior não foi efetiva para a formação:

• do produto A2(g), pois a orientação ou a geometria da colisão não foi favorável;
• dos produtos AC(g) e AB(g), pois não apresentava energia cinética maior ou igual à energia de ativação, ou seja, a colisão não foi suficientemente intensa para quebrar a ligação C—B e formar a ligação A—C.
A orientação favorável para originar o produto A2(g) corresponde à direção da linha que une os centros das esferas A.

O COMPLEXO ATIVADO (CA)

Quando duas partículas reagentes se aproximam, ocorre um aumento da repulsão existente entre elas. Caso essas partículas possuam uma energia cinética suficientemente grande, elas serão desaceleradas, mas não o suficiente para evitar uma colisão. Essa colisão promove a fusão das nuvens eletrônicas das partículas reagentes, originando uma espécie química denominado complexo ativado.
A energia cinética mínima necessária para permitir a colisão entre as partículas reagentes, originando o complexo ativado, é denominada energia de ativação.
O complexo ativado é uma espécie química instável e transitória (intermediária), na qual todos os átomos que formam os reagentes encontram-se em uma mesma nuvem eletrônica. Nesse momento, algumas de suas ligações começam a ser rompidas e as ligações que originarão os produtos começam a ser formadas.
A reação de síntese do HF(g) pode ser representada pelas seguintes equações:

H2(g) + F2(g)   ⇇ H2F2(g)  + 2HF(g)



A energia potencial do complexo ativado é superior às energias potenciais dos reagentes e dos produtos. Portanto, ele é mais instável do que os reagentes e os produtos. Sua instabilidade é tão alta que seu tempo médio de vida é da ordem de 10−6 segundos.
No complexo ativado, as partículas reagentes atingiram um ponto de aproximação e de deformação tão grande que uma pequena deformação extra origina os produtos. Contudo, existe também a probabilidade de o complexo ativado retornar à condição inicial de reagentes.
Colisões efetivas na Teoria do Complexo Ativado Na Teoria do Complexo Ativado, as colisões são efetivas quando, a partir da decomposição do complexo ativado, há a formação de produtos. As colisões com orientação favorável podem ser efetivas ou não efetivas.
Tomemos como exemplo a reação de decomposição do HI(g).  



Colisão com orientação favorável

No sentido 1, os reagentes formam o complexo ativado, que sofre decomposição e origina os produtos. Dessa forma, a colisão entre os reagentes é uma colisão efetiva. No sentido 2, os reagentes formam o complexo ativado, que sofre decomposição e volta a originar os reagentes. Dessa forma, a colisão entre os reagentes é uma colisão não efetiva.
As colisões com orientação desfavorável não são efetivas


FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE REAÇÃO

Tanto na Teoria das Colisões quanto na Teoria do Complexo Ativado, a velocidade de uma reação química será tanto maior quanto maior for a frequência das colisões efetivas, ou seja, quanto maior for o número de colisões efetivas por unidade de tempo. Assim, os fatores que aumentam a velocidade de uma reação química são aqueles que aumentam a frequência das colisões efetivas.

Concentração dos reagentes

Quanto maior a quantidade de reagentes, maior é o número de espécies químicas que podem realizar os choques efetivos e, consequentemente, maior será a velocidade de reação.

Pressão

Para sistemas gasosos, quanto maior for a pressão, menor será o volume do sistema (à temperatura constante), o que aumentará a probabilidade da existência de um choque efetivo, devido à diminuição da distância média entre as espécies reagentes.
O aumento da pressão em um sistema gasoso pela adição de um gás inerte aos reagentes (hélio, por exemplo) aumenta a frequência de colisões no sistema, mas não aumenta a frequência de colisões efetivas e, portanto, não altera a velocidade da reação química.
A velocidade de uma reação química só é aumentada quando ocorre um aumento da pressão parcial dos reagentes gasosos, pois esse é o único aumento de pressão que eleva a frequência de colisões efetivas. A adição de gás inerte a um sistema reacional aumenta a pressão total do sistema, mas não altera a pressão parcial dos gases reagentes. Por exemplo, o sistema reacional a seguir, formado pela mistura de hidrogênio e oxigênio com pressões parciais iguais a 0,8atm e 0,4atm, respectivamente, num balão conectado a uma seringa com gás inerte.
2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)

Portanto, a adição de gás He aumentou a pressão total do sistema, mas não aumentou as pressões parciais dos reagentes. Sendo assim, a frequência de colisões efetivas continua a mesma.

Temperatura

Quando aumentamos a temperatura, estamos aumentando o número de moléculas com energia mínima necessária para atingir o estado de complexo ativado (Eat).
Em uma amostra de reagentes, nem todas as espécies apresentam a mesma energia em um dado instante. A distribuição de energia entre as espécies reagentes é dada pela curva que se segue.


Com o aumento da temperatura, há uma nova distribuição de energia entre as espécies reagentes.


Note que o aumento da temperatura (T1 < T2) aumenta a fração de moléculas com energia maior ou igual à energia de ativação. Sendo assim, haverá um aumento da velocidade de reação.

Regra de Van’t Hoff

Para algumas reações, a cada aumento de 10 ºC na temperatura há a duplicação da velocidade de reação. 


em que:  
v2 = velocidade na temperatura T2
v1 = velocidade na temperatura T1

OBSERVAÇÃO

• Note que um aumento de 10ºC não necessariamente dobra a energia das moléculas. Entretanto, aumenta a quantidade de moléculas com energia maior ou igual à de ativação, aumentando (dobrando) a quantidade de choques efetivos.

Estado físico dos reagentes

Ordem de velocidades: vsólido < vlíquido < vgasoso

Está relacionada a esse fator a energia com qual cada uma das moléculas reagentes promove o choque e o contato entre as mesmas. No estado gasoso, o contato é máximo. Duas substâncias gasosas dispersam-se totalmente, formando uma solução, e suas partículas são as mais energéticas, entre todos os estados físicos; logo, sua velocidade de reação será maior.

Superfície de contato

No estado sólido, o contato entre dois reagentes só se dá na superfície externa do sólido. Com a finalidade de aumentar a superfície de contato e, consequentemente, a velocidade da reação, trituramos o sólido, ou seja, o pulverizamos, transformando-o em pó.
vgrãos < v

Catalisadores


Os catalisadores são substâncias químicas que, ao serem adicionadas à reação, alteram sua velocidade. Os catalisadores diminuem a energia de ativação, formando um novo complexo ativado, com energia mais baixa, aumentando a velocidade da reação.

VELOCIDADE INSTANTÂNEA

LEI DA AÇÃO DAS MASSAS

A partir de observações experimentais da influência da concentração dos reagentes na velocidade de uma reação, Guldberg e Waage enunciaram a lei da ação das massas:

A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações dos reagentes elevadas a expoentes determinados experimentalmente, a uma dada temperatura.

Para uma reação genérica
aA + bB + cC + ... → xX +yY + zZ + ...
em que
A, B, C... → são reagentes;
X, Y, Z... → são produtos, e
a, b, c, ... x, y, z são os coeficientes estequiométricos de reagentes e produtos em uma reação balanceada.
A lei da ação das massas é expressa matematicamente por
v [A]a . [B]b . [C]c ... Nem sempre os expoentes das respectivas concentrações molares correspondem aos coeficientes estequiométricos. Para transformarmos uma proporcionalidade em uma igualdade, basta inserirmos uma constante multiplicativa.
v = k . [A]a . [B]b . [C]c ...
em que k é a constante de velocidade, que é específica. Cada reação possui a sua constante de velocidade e está depende da temperatura.

OBSERVAÇÃO

• A lei da ação das massas aplica-se à velocidade em um certo instante, ou seja, ela mede a velocidade instantânea e não a velocidade média.

Quando temos, em um sistema heterogêneo, reagentes no estado sólido, estes não participam da equação da lei da ação das massas, pois sua concentração molar é constante e a sua influência, na velocidade da reação, não está associada com a concentração, mas sim com a superfície de contato.


A concentração de sólidos e líquidos já se encontra computada na constante de velocidade.
Quando temos reagentes líquidos em excesso, em soluções diluídas ou correspondendo a uma fase de um sistema heterogêneo, suas concentrações são praticamente constantes e estes não participam da equação da lei da ação das massas.



Da equação da lei da ação das massas só participam reagentes gasosos ou em solução aquosa.


LEI DA AÇÃO DAS MASSAS PARA SISTEMAS GASOSOS

A equação de Clapeyron pode ser utilizada para calcular a pressão parcial de um gás.


Tendo como exemplo a equação:


A velocidade instantânea para um sistema com participantes gasosos é diretamente proporcional às pressões parciais destes, elevadas a seus respectivos coeficientes estequiométricos.

LEI DA AÇÃO DAS MASSAS PARA REAÇÕES QUE OCORREM EM ETAPAS
Quando uma reação química se processa em etapas, a etapa mais lenta é a que determina a velocidade da reação.
                 v = k → ordem zero

Molecularidade de uma reação é o número de espécies reagentes que se chocam na reação ou na etapa mais lenta da reação.

INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DO CATALISADOR NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES

A concentração do catalisador pode influenciar a velocidade das reações em catálises homogêneas. Veja o exemplo da catálise homogênea do cloro radical livre (Cl•(g)) na destruição da camada de ozônio:

1ª etapa:
O3(g) + Cl•(g) → ClO•(g) + O2(g) (etapa lenta)
2ª etapa: ClO•(g) + O3(g) → Cl•(g) + 2O2(g) (etapa rápida)
Equação global: 2O3(g) → 3O2(g)

Nesse processo, o cloro radical livre corresponde ao catalisador homogêneo, e o radical livre ClO•(g) é o intermediário do processo. Como a etapa lenta do processo corresponde à primeira etapa, a lei de velocidade é igual a vcatalisado = kcatalisado . [O3(g)] . [Cl•(g)]
Isso significa que, quanto maior for a concentração molar do catalisador, maior será a velocidade da reação de decomposição do ozônio.
Os catalisadores heterogêneos geralmente são sólidos pulverizados e porosos, e suas concentrações são sempre constantes. É por esse motivo que, em catálises heterogêneas, a concentração do catalisador não influencia a velocidade da reação. Veja o exemplo da catálise heterogênea do paládio (Pd(s)) na hidrogenação do etileno:

1ª etapa: H2(g) + Pd(s) → H2Pd(s) (etapa rápida)
2ª etapa: H2Pd(s) + C2H4(g) → H2C2H4Pd(s) (etapa lenta)
3ª etapa: H2C2H4Pd(s) → Pd(s) + C2H6(g) (etapa rápida)
Equação global: H2(g) + C2H4(g) → C2H6(g)

Nesse processo, as espécies químicas H2Pd(s) e H2C2H4Pd(s) são os intermediários do processo. Como a etapa lenta do processo corresponde à segunda etapa, a lei de velocidade é igual a   
Vcatalisador = k catalisador . [C2H4(g)]  

A influência do catalisador heterogêneo na velocidade da reação se dá na alteração do valor da constante de velocidade da reação. A constante da velocidade da reação catalisada é maior do que a constante de velocidade da reação não catalisada.

FATORES QUE ALTERAM O VALOR DA CONSTANTE DE VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Svante Arrhenius estudou o efeito da temperatura na velocidade das reações químicas e, através de dados experimentais, obteve uma equação (empírica), a qual denominamos equação de Arrhenius:


em que
A = constante denominada fator pré-exponencial. Esse fator está associado à frequência de colisões entre as partículas reagentes. Embora o valor de A dependa ligeiramente da temperatura, esse efeito pode ser desprezado para pequenos intervalos de temperatura.
Eat= energia de ativação da reação.
e = número de Euler. É a base do logaritmo natural ou neperiano. É uma constante cujo valor é 2,718.
R = constante universal dos gases.
T = temperatura na escala kelvin.

A influência da temperatura no valor da constante de velocidade

Quando aumentamos a temperatura de uma reação química, diminuímos o valor e(Eat /RT) , o que aumenta o valor da constante de velocidade e, consequentemente, a velocidade da reação química.

A influência da ação de catalisadores no valor da constante de velocidade

A presença de um catalisador no meio reacional proporciona à reação um caminho alternativo, que apresenta menor energia de ativação. A diminuição do valor da energia de ativação diminui o valor e(Eat /RT) , o que aumenta o valor da constante de velocidade e, consequentemente, a velocidade da reação química.

A influência da superfície de contato entre os reagentes no valor da constante de velocidade

Quando aumentamos a superfície de contato entre os reagentes, estamos aumentando a frequência de colisões entre as partículas reagentes e, também, o valor do fator pré-exponencial, o que aumenta o valor da constante de velocidade e, consequentemente, a velocidade da reação química.
É por esse motivo que os catalisadores heterogêneos são mais eficientes quando encontram-se pulverizados e porosos.


Mapa mental




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