Módulo 2 - Aula 24 - Equilíbrio Químico

Módulo 3 - Aula 41 - Aldeídos e cetonas


Aldeídos e cetonas são estruturalmente semelhantes, uma vez que ambos são compostos carbonílicos, isto é, apresentam a carbonila (C=O) como grupo funcional. A diferença é que os aldeídos possuem um átomo de hidrogênio e um grupo alquil ou aril ligados ao carbono da carbonila, ao passo que as cetonas possuem dois grupos alquil ou aril ligados à carbonila. O aldeído mais simples, denominado formaldeído, apresenta dois átomos de hidrogênio ligados à carbonila.

Compostos que possuem como grupo funcional a carbonila (C=O) em um carbono primário, ou seja, ligada a pelo menos um átomo de hidrogênio. Esse grupo funcional é denominado aldoxila ou aldo-carbonila.
 
Nomenclatura IUPAC

A nomenclatura de um aldeído é idêntica à de um hidrocarboneto; apenas deveremos substituir a terminação -o do hidrocarboneto pela terminação -al. Para numerarmos a cadeia principal de um aldeído, devemos começar pelo carbono da carbonila.


Nomenclatura usual
Alguns aldeídos podem ser nomeados empregando-se a palavra aldeído precedida pela seguinte combinação: prefixo + infixo + sufixo –oico.


Compostos que possuem como grupo funcional a carbonila (C=O) em um carbono secundário, ou seja, ligada a dois átomos de carbono. Esse grupo funcional é também denominado ceto-carbonila.

Nomenclatura IUPAC
A nomenclatura de uma cetona é idêntica à de um hidrocarboneto; apenas devemos substituir a terminação -o do hidrocarboneto pela terminação -ona. Deve-se numerar a cadeia principal de uma cetona, com 5 ou mais carbonos, começando-se pela extremidade mais próxima do carbono da carbonila. No caso de dicetonas, tricetonas, etc., devemos apenas acrescentar a terminação -diona, -triona, etc. ao nome do hidrocarboneto com o mesmo número de carbonos.



Nomenclatura usual
Citam-se os nomes, em ordem alfabética ou de complexidade, dos radicais ligados à carbonila e, em seguida, adiciona-se o termo cetona.
Nas cetonas, o carbono vizinho à carbonila é denominado carbono α, o vizinho a esse, carbono β, que, por sua vez, tem como vizinho o carbono γ e assim sucessivamente (seguindo o alfabeto grego).


Nas cetonas, o carbono vizinho à carbonila é denominado carbono α, o vizinho a esse, carbono β, que, por sua vez, tem como vizinho o carbono γ e assim sucessivamente (seguindo o alfabeto grego).

PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DE ALDEÍDOS E CETONAS

Aldeídos e cetonas são semelhantes em suas propriedades físicas, mas diferentes em muitas propriedades químicas. A carbonila é um grupo funcional bastante polar, no entanto, as moléculas de aldeídos e cetonas não realizam ligações de hidrogênio entre si. Em vez disso, realizam, principalmente, interações dipolo-dipolo. Entretanto, os aldeídos e as cetonas podem fazer ligações de hidrogênio com outras moléculas em que há hidrogênio com núcleo exposto, como a água ou o etanol. Aldeídos e cetonas, em geral, possuem pontos de ebulição menores que os de álcoois homólogos e maiores que os de éteres com o mesmo número de carbonos na cadeia. Observa-se uma solubilidade em água considerável para alguns compostos carbonílicos, especialmente os de cadeia curta.
Aldeídos são bons redutores. Isso quer dizer que têm grande facilidade em sofrer oxidação, que pode ser pelo oxigênio atmosférico ou mesmo por oxidantes fracos, como o reativo de Fehling ou o reativo de Tollens (formação do espelho de prata). As cetonas dificilmente reagem nessas condições.
Reativo de Fehling
O reativo de Fehling corresponde a uma solução aquosa de Cu(OH)2 em NaOH e tartarato de sódio e potássio. Contudo, a espécie química oxidante é o Cu(OH)2.
O teste é positivo quando adicionamos o reativo de Fehling a uma amostra e ocorre a precipitação de um sólido vermelho, o Cu2O. A equação genérica que representa esse fenômeno é a seguinte:
R—CHO + 2Cu(OH)2 → R—COOH + Cu2O(s) + 2H2O
Todas as cetonas apresentam teste de Fehling negativo.

Reativo de Tollens
O reativo de Tollens corresponde a uma solução amoniacal de AgNO3. Ao dissolvermos o nitrato de prata em amônia, há a formação da espécie química oxidante Ag(NH3)2OH.
O teste é positivo quando adicionamos o reativo de Tollens a uma amostra e ocorre a formação de prata metálica, que adere à parede do recipiente que contém a amostra, formando um espelho de prata e liberando amônia. A equação genérica que representa esse fenômeno é a seguinte:
R—CHO + 2Ag(NH3)2OH → R—COONH4 + 2Ag(s) + 3NH3(g) + H2O
Todas as cetonas apresentam teste de Tollens negativo.


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